Hypocrites (1915) da pioneira Lois Weber

Admin
18 de ago. de 2017
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Uma grande pioneira no cinema americano e frequentemente esquecida foi Lois Weber. Roteirista, diretora, produtora e atriz, ela trouxe grandes obras para a sétima arte. Uma delas é "Hyprocrites" (1915). O filme retrata a hipocrisia das pessoas, em relação a igreja e em outras situações também. Algo bem inusitado é que a verdade aqui é literalmente nua e crua, o que causou um choque por apresentar pela primeira vez uma mulher completamente nua (sem tantos detalhes por estar sempre em fusão com outra imagem).

Mas a retratação da Dona Verdade sendo uma mulher nua foi a metáfora perfeita para o tema do filme. Primeiro vemos um pastor que quer guiar as pessoas pelo caminho certo, em busca da verdade. Ele está numa estrada e começa a subir uma ladeira bem alta, duas mulheres o segue, mas várias outras pessoas preferem ir pelo caminho mais fácil, não querem se sujar de terra ou não querem deixar seus bens para traz em troca do "caminho estreito". Já que as pessoas não conseguem chegar até a verdade, o pastor tenta trazer a verdade até as pessoas. Ao se deparar com vários cenários e situações, o pastor fracassa ao tentar apresentar a verdade. Em uma dessas tentativas uma mulher diz: "A verdade será bem vinda se se vestir com nossas ideias". Mas a Dona Verdade carrega um espelho que mostra o que é real, contrastando com as aparências.

Além do brilhante roteiro e direção, Weber utiliza uma montagem incrível, com várias justaposições de uma imagem com outra, criando vários efeitos visuais. Interessante também é ressaltar alguns movimentos de câmera durante o filme, um deles é antes do pastor apresentar o monumento da verdade, o longo plano feito da plateia. Além de uma grande panorâmica horizontal, também usou a vertical, algo bem difícil de fazer com os equipamentos daquela época.